Como surgiu o nome “Violão”?

  • Por Leonardo Dos
  • 07 jul., 2018

Em vários países de língua não-portuguesa, o Violão é conhecido como “Guitarra”.Isso tem muito a ver com o idioma inglês (Guitar), francês (Guitare), alemão (Gitarre), italiano (Chitarra) e espanhol (Guitarra).

Acontece também, que os portugueses possuem um instrumento muito semelhante ao Violão, que seria atualmente equivalente à nossa Viola Caipira: É a Viola portuguesa. Ela possui as mesmas formas e características do Violão, sendo apenas um pouco menor.

Quando os portugueses se depararam com a “guitarra” (Espanhol), viram que ela era igual à sua viola, sendo apenas um pouco maior. Então colocaram o nome do instrumento no aumentativo, ou seja, de “Viola” passou a ser chamado de Violão…

O nome violão hoje faz parte do vocabulário de todos os brasileiros e designa de forma inequívoca a guitarra clássica. Muitos tentaram, sem sucesso, fazer com que o termo “guitarra” voltasse a ser utilizado no Brasil para unificar a nomenclatura a todas as outras línguas.

Só no século vinte o nome “guitarra” retornou ao vocabulário corrente dos brasileiros, mas apenas para designar a versão eletrificada do violão. O nome “guitarra clássica” também acaba sendo alternativamente utilizado, muitas vezes, para designar os modelos de guitarras semi-acústicas do jazz e blues tradicionais.



Uso na música popular e erudita

 O violão originou um ramo da música clássica ou erudita, composta por obras escritas especialmente para tirar partido das suas possibilidades expressivas, geralmente prelúdios, sonatas e concertos, embora qualquer forma de composição musical possa ser utilizada por ele.

O violão é quase sempre tocado sem o uso de palhetas, utilizando-se as unhas (normalmente da mão direita). As unhas devem estar bem polidas para um som mais perfeito.

Francisco Tárrega (1852-1909), preconizou que o toque devia ser realizado pela mão direita com a parte “macia” do dedo – a polpa – ou seja, a unha não deveria ser utilizada.


O toque nas cordas pode ser feito sem apoio ou com apoio. Sendo com apoio, o dedo, após ferir a corda, descansa na corda imediatamente acima.

Ao contrário da música popular, a execução clássica mais frequente é de uma linha melódica tocada nas cordas agudas e linhas de baixo, escalas e arpejos são tocados simultaneamente à melodia principal.

Na música popular as guitarras clássicas são utilizadas para acompanhamento do canto e a execução frequentemente é harmônica. Os acordes são montados com a mão esquerda e com os dedos da mão direita – ou palhetas – são feitos diversos tipos de ritmos, batidas, dedilhados ou arpegios.

Alguns gêneros musicais permitem a utilização de linhas melódicas em introduções e solos. No jazz podem ser utilizadas técnicas mais elaboradas como o tapping e a execução com harmônicos.

Na música popular é comum a amplificação do violão com microfones dinâmicos. Os amplificadores permitem ajustes de tonalidade e mesmo algumas leves distorções são toleráveis às vezes, em alguns estilos populares.