Música e Saúde

  • Por Leonardo Dos
  • 04 jul., 2018

Música e Saúde

A ideia de que a música afeta a saúde e o bem-estar das pessoas já era conhecida por Aristóteles e Platão. Somente na segunda metade do século 20, porém, os médicos conseguiram estabelecer uma relação entre a música e a recuperação de seus pacientes.

No final da Segunda Guerra Mundial, músicos foram chamados para tocar em hospitais como forma de auxiliar o tratamento dos feridos. Como a experiência surtiu resultados positivos, as autoridades médicas dos Estados Unidos decidiram habilitar profissionais para utilizar criteriosamente a música como terapia. O primeiro curso de musicoterapia foi criado em 1944, na Universidade Estadual de Michigan.

A música pode representar mais que uma habilidade para tocar um instrumento ou cantar. Pode ser um instrumento de saúde, desenvolvendo potenciais, atuando na prevenção ou no tratamento de questões como o stress. A musicoterapia é uma modalidade que pode ser usada individualmente, em família ou em grupo.

Por meio dos sons, podemos tocar outras instâncias. É o que mostra a musicoterapia, ao buscar desenvolver potenciais, restaurar funções de saúde do indivíduo através de reabilitação, prevenção ou tratamento.




É uma modalidade de trabalho que se utiliza da música e de elementos constituintes da música numa relação terapêutica para ajudar a pessoa a atender as suas necessidades. Destina-se a pessoas que têm alguma deficiência, algum distúrbio psíquico como depressão, autismo, esquizofrenia, assim como a atendimentos geriátricos ou pessoas que buscam auto-desenvolvimento

Pesquisas revelaram que as ondas sonoras provocam movimento do protoplasma celular; sementes estimuladas musicalmente possuem traços aprimorados… A música afeta o nível de vários hormônas, inclusive o cortisol (responsável pela excitação e pelo stress), testosterona (responsável pela agressividade e pela excitação) e a oxitocina (responsável pelo carinho). Assim como as endorfinas, a serotonina (neurotransmissor que faz a comunicação entre os neurónios).

- O treino musical favorece o desenvolvimento cognitivo, atenção, a memória, a agilidade motora, assim como cria uma experiência unidade entre linguagem, música e movimento. Pitágoras dava à terapia pela música o nome de purificação. A sua música curativa propunha-se a equilibrar as quatro funções básicas do ser humano: “Pensar, sentir, perceber e intuir”.

“A música responde a uma fonte poética de criatividade através de um cérebro que ressoa em resposta às solicitações de um cosmos que lhe fala.” O fato de geralmente encontrarmos acordes e intervalos consonantes em diferentes culturas musicais parece ser causado, portanto, uma tendência herdada dos mamíferos de preferirem tais combinações sonoras (consonantes).

Se considerarmos apenas a influência do ambiente e da tradição, torna-se por outro lado difícil imaginar de que modo um aspecto tão específico como as relações sonoras harmónicas se pôde desenvolver de maneira tão independente em diferentes culturas musicais através dos tempos, assim como em ratos sem treino prévio – tudo ao acaso.

Esse facto implica que deve existir alguma predisposição neurobiológica que faz com que determinadas combinações sonoras soem de um jeito especial ao ser humano. Quando as ondas sonoras alcançam o ouvido, o tímpano é acionado como uma membrana microfone, que vibra com a frequência do som.